domingo, 3 de julho de 2011

Todo o trabalho possível hoje é esperar o relógio andar e seguir postergando, que palavra é essa, deveria ter algo mais simples como pimba, pimbando obrigações, promessas, compromissos, grandes projetos e sonhos mirabolantes, pimbados de uma em uma hora, à medida que o tempo passa e você não faz nada mas só promete, empurra um pouco mais, vai indo, o dia lá fora escurece, chega a hora do seu café, isso sim é simplicidade, se chamassem de hidrocarbogranulé não faria meio por cento do sucesso, empurra um pouco mais, o que seria às 14 já não é às 18, tampouco às 20, tampouco deveria ser aquela posição específica da tampa de quem entende como se faz arroz, que sempre cai e espatifa e é gato correndo para todo lado como se fosse explodir a guerra, tampouco, nem lá nem cá, abafa mas não. Tampouco às 21 você fará nada, nem arroz, nós aqui no fundão já sabemos disso, vagabundos, cheios de intenção que vai virando preguiça à medida que o dia segue, OK, você pensa, é domingo, convém aliviar, empacotar um ou outro sonho só agora, por hoje, mais uma hora, pimba. Preterir o futuro em função da pimba diária, outro xingo que deveria ser sinônimo de preferir mas só sexualmente falando, prefiro para casar aquela, mas pretiro aquela outra, uma coisa de preferir com ter, preterir, o que economizaria uma barbaridade de explicações como prefiro para comer, aquela é uma gostosa, ô lá em casa, imagina isso dando e outras sem-vergonhices, tudo resolvido se todos usássemos o preterir no sentido de preferir de costas. Seguir na pimba, sonho que vale a pena é com o cheiro do hidrocarbogranulé ou com a gostosa preterida da cafeteria.

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